:: Reporter JCCDiferencial competitivo, diversidade ainda luta por seu espaço nas empresasThalita Góis30/5/2019 19:39:00 |
Paulo Generoso (APAE), Regina Acher (Laboratória), Lak Lobato (Sobretom Comunicação), Kiki Moretti (InPress) e Karina Chaves (Carrefour), abordaram suas experiências com a inclusão (foto: Luiz Machado) |
Quase 24% dos brasileiros (45 milhões de pessoas) possuem algum tipo de
deficiência, mas somente 2% dessas pessoas estão atuando no mercado de trabalho
segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Com base neste índice, o Congresso Mega Brasil de Comunicação
Inovação e Estratégias Corporativas, que a Mega Brasil Comunicação realizou no Centro de
Convenções Rebouças, em São Paulo, desde o dia 27 até ontem, trouxe
em pauta em seu último dia de atividades quatro visões diferentes sobre
diversidade e como ela está mexendo com valores e negócios das empresas. Em sua
terceira mesa redonda, falaram Karina Chaves, gerente da área de
Diversidade e inclusão do Carrefour
Brasil; Paulo Generoso, presidente da APAE - Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais de Cotia; Regina
Acher, cofundadora da Laboratória
Brasil; e Lak
Lobato, cofundadora da Sobretom
Comunicação. A mediação ficou a cargo de Kiki Moretti, CEO do Grupo In Press Porter Novelli.
Diferencial competitivo
Cada participante
trouxe sua experiência com os temas diversidade e inclusão, segundo Karina Chaves, fatores preponderantes dentro de qualquer modelo de negócio. “A diversidade é um
diferencial competitivo e de valor para o negócio, é além do que é certo, traz
resultados palpáveis”. Por causa disso, a rede Carrefour prioriza sete temas para que os líderes e equipes
orientem suas condutas. São eles: diversidade estética, diversidade étnica,
pessoas com deficiência, diversidade sexual, diversidade religiosa, diversidade
etária e diversidade de gênero. Esses temas são trabalhados de forma
transversal, pois acredita na integralidade das pessoas.
Por sua vez, Paulo Generoso disse estar lutando para que as pessoas
com deficiência possam ter um espaço digno na sociedade com o foco em educação
e emprego. Segundo ele “a APAE, não
quer que os deficientes intelectuais apenas sobrevivam, queremos que eles
vivam”. Atualmente a instituição tem colocado cerca de 20 pessoas por ano nas
empresas, com o foco de cada vez mais as empresas contratarem pela capacitação,
não apenas para cumprir cota.
A Laboratória Brasil, oferece para mulheres a partir
de 18 anos uma carreira em tecnologia para que transformem o seu próprio futuro
e o futuro das empresas. Apenas 15% dos cursos de ciência da computação têm
mulheres e o foco da Laboratória é
formar mulheres e conscientizar o espaço da mulher nesse âmbito, segundo Regina Acher. “O futuro já chegou. Só não
está igualmente distribuído”, disse.
Para encerrar a mesa, Lak Lobato
narrou sua experiência de vida como surda oralizada e posteriormente como
usuária de implante coclear desde 2009. Lak
contou as dificuldades que enfrentou para entrar no mercado de trabalho e a
dificuldade de relacionamento com os funcionários. Por isso, ela afirma “dialogar
bem com a corporação é atender a todos, de maneira igualitária. Não basta só
falar sobre inclusão é preciso instruir.”
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