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Influenciadores digitais: o tempo do achismo já foi
Gilberto dos Santos
24/05/2017 15:36:00

Há muita discussão sobre a melhor forma de envolver o influenciador digital na divulgação das marcas, seja em lançamentos de produtos, exposições, apresentações ou qualquer tipo de evento que sirva para a comunicação com os públicos desejados. Uma coisa, porém, é certa. A comunicação não pode ficar sem a presença desse relativamente novo personagem estratégico no mundo corporativo. E o tema foi amplamente debatido durante o 20º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, que a Mega Brasil Comunicação realiza no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, até amanhã, dia 25 de maio. 

Os múltiplos papéis do influenciador

"O Influenciador reúne vários papéis, como criador de conteúdo, editor, produtor de imagens, agência, por exemplo, e sabe lidar bem com a sua comunidade. As empresas precisam entender a complexidade desse cara, para saber a melhor forma de trabalhar com ele", afirmou Bia Granja, fundadora do YouPix. Granja entende que existe ainda muito preconceito contra o influenciador por ele, ou ela, ter normalmente o perfil de jovem sem experiência. Mas essa cultura do influenciador, de acordo com ela, está crescendo e amadurecendo junto com eles. “Temos que ajudar as empresas a direcionar melhor seus investimentos nessa área”, complementou.

Para Patrícia Hargreaves, representante da H2M Comunicação, o papel de um influenciador não é tão recente assim. "O primeiro registro de que temos de influenciador é Jesus Cristo, que teve a Bíblia como mídia e também os seus seguidores, e continua influenciando o mundo até hoje". Para ela, o que mudou foram "as janelas" para a pessoas se apresentarem. "Hoje a pessoa pode fazer sozinha o seu sucesso, sem intermediários".

Maior identidade e afinidade com o influenciador

"O tempo do achismo já foi", segundo Andrea Farias, diretora de atendimento da Ideal H+K Strategies. De acordo com ela, “é fundamental hoje mapear bem quem tem engajamento e é influenciador de verdade”. Farias reforçou a necessidade do profissional de comunicação identificar também se o influenciador tem identidade com a marca. "Não pode ser apenas uma relação comercial. Deve-se construir uma longa relação de afinidade com o influenciador, porque às vezes ele também é influenciado diariamente por várias outras marcas". 

Quanto à estratégia das empresas de reunir também celebridades em suas ações para atrair seus seguidores, Bia Granja, da YouPix, observou que devemos levar em conta que "nem todo influenciador é uma celebridade, da mesma forma que nem toda celebridade é um influenciador".  Essa diferença deve ser considerada na hora do planejamento estratégico da comunicação da empresa. 



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