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Jogos no mundo corporativo: sem verdade por trás da iniciativa é "game over" pra empresa
Vany Laubé
25/05/2017 15:32:00

No segundo dia do 20º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, que a Mega Brasil Comunicação realiza até hoje, dia 25 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, o assunto “Gameficação aplicada às estratégias corporativas” foi tema de mesa redonda que contou com a participação de importantes players desse mercado, como o consultor Game Master Alê Santos, o professor de Criatividade no curso de Pós-Graduação da ESPM/SP, Thiago Gringon, e do especialista em storytelling, Fernando Palacios, para dar uma luz sobre como implementar e implantar jogos nas empresas e torná-los um sucesso tanto quanto eles são no mundo fora das baias e salas de reunião.  Afinal, não é à toa que este mercado faturou mais de 90 bilhões de dólares em 2016 (dados da Superdata Research).

Uma vez que os jogos representam um momento de escapismo e servem de entretenimento, quando não se sente o tempo passar, a criação de práticas corporativas em formas de jogos, que gerem significado e diversão, tem sido o sonho de CEOs, diretores de RH e líderes de empresas dos mais variados portes e mercados visando engajamento com marcas, comprometimentos com novas demandas e a retenção de talentos, entre outros fins dentro das empresas. Mas como fazê-lo?

Se o jogo tem estória e enredo, em um mundo ficcional que perdure por anos, ou simplesmente é como o xadrez, que não requer narrativas, tudo vai depender dos objetivos que se quer alcançar e do nível de comprometimento que a alta direção e os demais envolvidos terão, não apenas no jogo irreal, mas no dia a dia da empresa: “Jogos podem fazer milagres, mas não conseguirão mudar a empresa se seus fluxos internos não estiverem bem resolvidos”, explicou Alê Santos. “É preciso haver verdade na intenção do jogo para que os jogadores comprem a ideia de jogá-lo”, disse. “Assim, um ambiente pró-mudanca disruptiva pode excitar e incitar ao jogo, quando um ambiente ruim, ao contrário, vai gerar fobia”, complementou Thiago Gringon.

Como criar o jogo

Para que um jogo dê certo, o processo de criação deverá considerar, como variáveis: objetivos, público-alvo, as pessoas certas para fazê-lo, as mecânicas e os playtests. Deve envolver um time de dentro e de fora da empresa, ensinaram os especialistas durante a mesa redonda, moderada pelo consultor da SCAI Group Daniel Schnaider.

Para Thiago Gringon a melhor estratégia é ter uma equipe interna envolvida em repensar os processos e a consultoria externa para gamificar a realidade. Alê Santos, por sua vez, preferiu destacar o feedback, o estímulo e acompanhamento como os três pontos chave composição de um jogo, sem deixar de mencionar a necessidade de “todo o suporte do ambiente corporativo para a fase de testes, que pode durar meses de acordo com a complexidade desejada”. E, mesmo para as assessorias de imprensa, acredita-se que o storytelling venha cada vez mais substituir a informação lacônica e sem molho do lead, criado para resolver questões de espaço nas mídias impressas, problema que a internet acabou.  “Hoje, ser interessante volta a ser melhor ou mais importante do que ser eficaz no contar uma estória. E se o jornalista que o receberá pode participar e até desvendar a estória, pode ser um jogo muito interessante”, disse Palacios. “Fazer um bom jogo implica conhecer o mecanismo de recompensas progressivas mediante mudanças de posturas causadas pelo jogo”, ensinou Gringon, que sugeriu a leitura de O Estudo da Zona de Desenvolvimento Proximal, de Lev Vigotski para quem quiser se aprofundar no tema. “Porque assunto é sério, e não precisa ser chato”, terminou Palacios.   No segundo dia do 20º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, que a Mega Brasil Comunicação realiza até hoje, dia 25 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, o assunto “Gameficação aplicada às estratégias corporativas” foi tema de mesa redonda que contou com a participação de importantes players desse mercado, como o consultor Game Master Alê Santos, o professor de Criatividade no curso de Pós-Graduação da ESPM/SP, Thiago Gringon, e do especialista em storytelling, Fernando Palacios, para dar uma luz sobre como implementar e implantar jogos nas empresas e torná-los um sucesso tanto quanto eles são no mundo fora das baias e salas de reunião.  Afinal, não é à toa que este mercado faturou mais de 90 bilhões de dólares em 2016 (dados da Superdata Research).

Uma vez que os jogos representam um momento de escapismo e servem de entretenimento, quando não se sente o tempo passar, a criação de práticas corporativas em formas de jogos, que gerem significado e diversão, tem sido o sonho de CEOs, diretores de RH e líderes de empresas dos mais variados portes e mercados visando engajamento com marcas, comprometimentos com novas demandas e a retenção de talentos, entre outros fins dentro das empresas. Mas como fazê-lo?

Se o jogo tem estória e enredo, em um mundo ficcional que perdure por anos, ou simplesmente é como o xadrez, que não requer narrativas, tudo vai depender dos objetivos que se quer alcançar e do nível de comprometimento que a alta direção e os demais envolvidos terão, não apenas no jogo irreal, mas no dia a dia da empresa: “Jogos podem fazer milagres, mas não conseguirão mudar a empresa se seus fluxos internos não estiverem bem resolvidos”, explicou Alê Santos. “É preciso haver verdade na intenção do jogo para que os jogadores comprem a ideia de jogá-lo”, disse. “Assim, um ambiente pró-mudanca disruptiva pode excitar e incitar ao jogo, quando um ambiente ruim, ao contrário, vai gerar fobia”, complementou Thiago Gringon.

Como criar o jogo

Para que um jogo dê certo, o processo de criação deverá considerar, como variáveis: objetivos, público-alvo, as pessoas certas para fazê-lo, as mecânicas e os playtests. Deve envolver um time de dentro e de fora da empresa, ensinaram os especialistas durante a mesa redonda, moderada pelo consultor da ScaiGroup Daniel Schnaider.

Para Thiago Gringon a melhor estratégia é ter uma equipe interna envolvida em repensar os processos e a consultoria externa para gamificar a realidade. Alê Santos, por sua vez, preferiu destacar o feedback, o estímulo e acompanhamento como os três pontos chave composição de um jogo, sem deixar de mencionar a necessidade de “todo o suporte do ambiente corporativo para a fase de testes, que pode durar meses de acordo com a complexidade desejada”. E, mesmo para as assessorias de imprensa, acredita-se que o storytelling venha cada vez mais substituir a informação lacônica e sem molho do lead, criado para resolver questões de espaço nas mídias impressas, problema que a internet acabou.  “Hoje, ser interessante volta a ser melhor ou mais importante do que ser eficaz no contar uma estória. E se o jornalista que o receberá pode participar e até desvendar a estória, pode ser um jogo muito interessante”, disse Palacios. “Fazer um bom jogo implica conhecer o mecanismo de recompensas progressivas mediante mudanças de posturas causadas pelo jogo”, ensinou Gringon, que sugeriu a leitura de O Estudo da Zona de Desenvolvimento Proximal, de Lev Vigotski para quem quiser se aprofundar no tema. “Porque assunto é sério, e não precisa ser chato”, terminou Palacios.   



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