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Para retomada do crescimento, investir em ciência é garantir o elo entre gerações
Maira Manesco
25/05/2017 16:19:00

Este ano, o tema do Fórum do Pensamento foi “A retomada do Brasil competitivo.” Afinal, o Brasil vive a maior crise econômica da história. Se, no ano 2000 o PIB atingiu 4,4%, no último ano retraiu para 4,4% negativo. O fórum foi mediado por Júnia Nogueira de Sá, diretora executiva da FleishmanHillard, abrindo os trabalhos do último dia do 20º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, uma organização da Mega Brasil Comunicação, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.

Antônio Corrêa de Lacerda, sócio-diretor da MacroSector Consultores e coordenador do programa de estudos da pós-graduação em economia política da PUC-SP esclareceu que os gastos com juros são altíssimos e são as maiores despesas do país. “[Nos momentos de crise] o que resistiu foi o câmbio como política de combate à inflação, independentemente do partido e do político”, comentou. Quando tudo está funcionando bem, contribuindo para geração de empregos e renda, é porque a política cambial está boa. As operações de combate à corrupção, outro ponto muito abordado na última meia década, trazem melhores perspectivas para a atividade econômica do Brasil, de forma a influenciar positivamente as relações de produção e empreendedorismo. “A operação Lava a Jato não é a solução, apenas mostra os problemas. Não podemos ter nenhum medo de sermos livres”, declarou Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador regional da República e integrante da Operação Lava a Jato.

Outro ponto levantado e discutido durante o Fórum do Pensamento, foram as reformas nas leis trabalhistas e previdência. Para Ernesto Lozardo, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- Ipea, estas reformas são necessárias e auxiliam a melhorar a economia do país. As mudanças visam eliminar as ineficiências operacionais e atuariais, e evitar que erros cometidos no passado voltem a ocorrer.

Mesmo com todo esse cenário displicente, independentemente das turbulências, os investimentos em ciência e tecnologia não podem ser deixados para trás. “A ciência é importante para a retomada de um Brasil mais competitivo”, afirmou Lucas Fonseca, engenheiro espacial e cofundador da Airvantis e diretor da Missão Garatéa. “A ciência é o elo entre as gerações”, como bem apresentou Fonseca, e é justamente por isso que os investimentos não podem depender do cenário político do país. As mudanças que acontecem e envolvem a ciência, impactam e beneficiam toda a sociedade, assim auxiliam na competitividade do Brasil.



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