:: ArtigosA Inteligência Artificial vai acabar com meu emprego?Maria Carolina Avis10/01/2019 13:42:00Melhor
do que pensar que a Inteligência Artificial está dominando o mundo é concentrar
forças em usar a revolução tecnológica ao nosso favor. Já ouviu alguém dizendo
que tem medo de robôs? A maioria das pessoas pensa que os seres digitais são do
mal, quando, na verdade, eles são grandes aliados dos humanos em seu cotidiano.
Por isso, é bom nos acostumarmos com os novos habitantes da Terra.
Diante
desse contexto, a pergunta que surge é: os robôs vão me substituir em meu
emprego? E a resposta é: SIM, se você desenvolve apenas um trabalho repetitivo
e mecânico, e NÃO, se você está disposto a se adaptar e se atualizar com essa
nova realidade. Os robôs não devem “roubar” trabalhos, e sim complementá-los.
Para
pensar o futuro do trabalho, reflita sobre as profissões que existiam 50 anos
atrás. Trabalhava-se com o que? A profissão de seus avós, bisavós e tataravós
continua existindo? Quantas parteiras você conhece hoje? É uma profissão que
não existe mais, assim como algumas profissões que existem hoje desaparecerão
em um futuro próximo.
Outras
ocupações terão suas atividades complementadas por um robô ou por um bot – robôs não-físicos, como
algoritmos e assistentes de voz. O mundo evolui, as profissões se renovam e os
profissionais precisam se atualizar para sobreviver em um mercado de trabalho
cada vez mais competitivo.
Robôs
têm uma inteligência sobre-humana e humanos têm emoções que são
insubstituíveis. A ideia é que os robôs nos ajudem a realizar atividades com
alta performance, rapidez e assertividade. Vale ressaltar que o cérebro humano
não foi feito para realizar atividades que os robôs realizam, como processar
mais de 50 mil dados. Nosso cérebro funciona da maneira contrária: esquece
informações irrelevantes e registra o mais importante.
Em
contrapartida, somos ótimos para atividades que exigem criatividade, emoção e
outros sentimentos. Então não devemos competir as máquinas, e sim explorar
melhor o que temos, trabalhando em conjunto com elas. Devemos valorizar nosso
pensamento estratégico e o robô deve fazer o trabalho mecânico, repetitivo.
Por
exemplo, existem robôs atuando em cirurgias cardíacas, coordenados por médicos.
O robô desempenha habilidades impossíveis para a mão humana, como movimentos
curtos, cinco vezes menores do que aqueles feitos pelas mãos de um cirurgião. O
robô não vai tomar o lugar do médico, cuja expertise é necessária para o
diagnóstico e apuração da necessidade da cirurgia, mas auxiliar seu trabalho.
Martha
Gabriel, autora de Você, eu e os
robôs, afirma: uma pessoa mediana que usa a tecnologia a seu favor
é mais produtiva do que a melhor pessoa “analógica” da área. Em Londres, há
alguns anos, decorar o mapa da cidade era uma grande vantagem competitiva para
os taxistas. Hoje em dia, quem dirige melhor? Um taxista que tem o mapa na
cabeça ou uma pessoa comum, com um aplicativo como o Waze? Obviamente uma
pessoa com o aplicativo, que vai obter dados ricos, como acidentes, trânsito e
rotas alternativas. Assim, o grande segredo é automatizar o que é repetitivo.
Em
um futuro não muito distante, vamos falar mais com robôs e bots do que com seres humanos.
Isso porque utilizaremos muito mais a internet das coisas (geladeiras
inteligentes que interagem com humanos, cortinas que se abrem, luzes que se
acendem com um comando de voz, entre diversos outros produtos). Ou seja,
gostando dos seres digitais ou não, teremos que lidar com eles.
Maria Carolina Avis é professora de Marketing Digital do Centro Universitário
Internacional Uninter.
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