:: Tome NotaReaprendendo a decifrar questões de gênero17/06/2019 16:01:00Muitas marcas atualmente
ainda tratam a questão de gênero de forma binária e não entendem o gênero como
um espectro. No entanto, o mês de junho, no qual é celebrado o Dia do Orgulho
LGBTQ+ (28/6), acaba trazendo à luz essa questão de forma mais proeminente e
acaba por incentivar que muitas empresas resolvam incluir outros desses gêneros
em sua publicidade, como homens e mulheres trans.
Apesar de louvável, tal
tática acaba levantando sobrancelhas questionadoras da comunidade LGBTQ+: esse
tipo de posicionamento faz parte da identidade da marca ou é apenas uma
tentativa desesperada de conquistar o famoso “pink money”?
“Nem todas as marcas vão
querer abordar diretamente o gênero como um espectro, ou ter permissão para
isso, mas outras podem se sentir capazes de levantar essa bandeira e usá-la
como um ponto de diferenciação e identidade para a marca”, afirma Maura
Coracini, líder da área de Mídia & Digital da Kantar e responsável pela
condução do estudo AdReaction – Getting Gender Right, sobre a
representatividade de gêneros na publicidade. “As marcas que escolherem entrar
nesse território e abordar a questão da diversidade de gêneros em suas
comunicações, precisarão fazê-lo de maneira autêntica e responsável, não apenas
para “surfar nessa onda” ou como um meio de exploração para criar engajamento e
discussão.”
Segundo a análise da Kantar,
campanhas que abordam o assunto de forma autêntica, apresentam uma performance
melhor com as mulheres, por exemplo. “Isso pode ser um sinal de que elas estão
mais receptivas às marcas que estão atentas e quebrando paradigmas na questão
de diversidade de gêneros”, diz Maura.
*Dois exemplos de propagandas
analisadas que tinham protagonistas trans e performaram melhor entre as
mulheres foram da L’Oreal Paris, Being
a Woman, e Magnum, Be
true to your pleasure.
Recomendações para uma
representação correta do público trans
O AdReaction também reuniu
algumas recomendações para marcas que queriam se posicionar e dar uma
representatividade maior ao público trans e mesmo outros grupos da comunidade
LGBTQ+:
- Seja ousado e desafie a
publicidade que vem sendo produzida no seu mercado;
- Verifique se você não está
ofendendo mesmo que inconscientemente;
- Desafie suposições e
esteriótipos ultrapassados;
- Faça um trabalho contínuo,
que ultrapasse o mês de junho, e que agregue e gere valor internamente e
externamente;
- Se posicione! Se esse for o
território da sua marca.
- Analise e esteja atento aos
resultados e respostas a esse tipo de posicionamento.
Clique aqui para
conferir o relatório completo do AdReaction – Getting Gender Right.
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