:: Tome NotaPlataforma Colabora Saúde estimula a economia colaborativa07/10/2019 15:30:00Provavelmente
você já ouviu falar de economia colaborativa, também conhecida como consumo
colaborativo ou economia compartilhada. Trata-se de um novo conceito que
possibilita acesso a bens e serviços via compartilhamento em vez da aquisição
ou da acumulação.
Na
economia colaborativa o tom é mudar a realidade atual de consumo, ou seja,
deixar de acumular para compartilhar.
E é
seguindo esta ideia que há poucos meses começou a funcionar a plataforma
Colabora Saúde, criada pela Ideaas Saúde que visa a unir pessoas (físicas e
jurídicas) que tenham demandas e ofertas no setor de saúde. O nome é escrito
com dois “as”, que traduzem “acesso” e “adesão”, temas importantes na área de
saúde.
Quem
vai explicar como funciona a plataforma Colabora Saúde é Carlos Pappini Jr. um
dos fundadores. Ele é o entrevistado da jornalista Angela Crespo no programa
Consumo em Pauta.
A
proposta é conectar, de forma digital, pessoas, empresas e instituições,
possibilitando a orientação, distribuição de medicamentos, de insumos e de equipamentos
médicos e a realização de consultas e exames a quase 60 milhões de brasileiros
que ainda não têm acesso tão fácil ao sistema de saúde. E tudo de forma
gratuita.
“Quem
tem em casa, por exemplo, uma cadeira de rodas e não vai mais usá-la pode cadastrá-la
na plataforma que será doada a quem não tem condições de comprá-la”, destaca
Pappini Jr. Ou seja, a Colabora Saúde vai unir as duas pontas – quem doa e quem
precisa - e resolver dois problemas, solucionando a demanda, por um lado, e o
desperdício de recurso não utilizado, pelo outro. “Isso vale para medicamentos,
serviços, equipamentos, objetos e até mesmo para médicos, que tenham uma janela
em sua semana de trabalho e poderá reservar este tempo para dar atendimento a
quem necessita”, acrescenta Pappini Jr.
Uma
outra forma de participar desta economia colaborativa na área de saúde, para
aqueles que não têm nada no momento para doar, é olhar a plataforma e verificar
o que está sendo solicitado e assumir a doação. Pappini também diz que empresas
de logísticas podem colaborar transportando o material doado a quem necessita
dele. “Destaco que toda doação será feita a associações de pacientes e
instituições sociais, dando transparência a todos os que participam do trabalho
de unir as duas pontas.” Isso não significa que a instituição terá posse do que
foi doado e, sim, que ela indicará quem necessita e o insumo será entregue
diretamente à pessoa que solicitou.
A
Colabora Saúde, ao receber uma demanda, busca, primeiro, orientar a pessoa de
como ela pode acessar o SUS para ter o que necessita. Se não tiver o acesso ou
ficar na fila do SUS, vai buscar uma doação, até porque, enfatiza Pappini Jr,
“tempo na saúde é muito importante”.
Num
terceiro momento, caso as duas opções acima não solucionem a questão, poderá
incentivar o financiamento coletivo, função que a plataforma deve lançar
brevemente. “Nosso objetivo é resolver a demanda.”
Pappini
Jr. cita que, neste contexto, a plataforma conseguiu atendimento de gástrico
pediátrico a duas crianças que necessitavam com urgência de tratamento, como
também duas mil vacinas contra gripe, que foram doadas por um fabricante e
aplicadas na população de Paraisópolis. “Queremos que farmácias, por exemplo,
se sensibilizem para o Colabora Saúde e façam doações de medicamentos e
produtos que estão perto de vencerem e, provavelmente, irão para o lixo. Muitas
pessoas podem estar precisando deles e usarão antes do fim da validade.”
A
contabilidade social do Colabora Saúde, nas palavras de Pappini Jr., é mais
importante que a contabilidade financeira e o lucro é o quanto ela quer
impactar quem doa e quem recebe.
Para
saber mais sobre o Colabora Saúde, acesse a Rádio Mega Brasil Online nesta
segunda, às 16 horas. Reapresentações na terça, às 19 horas, e na quarta,
às 9 horas.
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