02/05/2024

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Lucila Cano
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Em direção ao mercado de trabalho
04/02/2013 - 10:12:04

A inserção de jovens no mercado de trabalho se multiplica através de instituições como a Rede Cidadã, que respondeu pelo ingresso de 20 mil pessoas na vida profissional em uma década de atuação.

Outros números que expressam a importância da rede desde a sua criação englobam 970 negócios apoiados pelo eixo Empreendedorismo, mais de 2 mil voluntários cadastrados e cerca de 2 mil instituições e empresas parceiras.

Entidade sem fins lucrativos, a Rede Cidadã é membro da IYF (Fundação Internacional da Juventude) no Brasil e atende a 11 estados a partir de sua sede em Belo Horizonte.

Por meio de sua rede de colaboradores, a organização planeja colocar mais 30 mil pessoas no mercado nos próximos três anos. Para tanto, alguns dos seus programas abrangem capacitação de mão de obra, consultoria para empreendedores e inclusão de deficientes.

Aprendizagem profissional

De acordo com a Lei da Aprendizagem 10.097/2000 e do Decreto 5.598/2005, do Ministério do Trabalho, empresas de médio e grande porte devem contratar um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de empregados, cujas funções demandem formação técnica profissional.

É nesse cenário que se insere um dos principais programas da Rede Cidadã, o de Aprendizagem Profissional. Com duração de 18 meses, o curso é destinado a jovens entre 16 e 22 anos. Os aprendizes trabalham em média quatro dias da semana em empresas parceiras e também recebem orientação teórica em encontros semanais da rede.

Além de matérias relacionadas à atividade desempenhada, a formação dos jovens inclui conteúdos como cidadania, consciência ambiental e organização financeira entre outros assuntos.

Um dos aspectos que mais diferenciam esse programa de desenvolvimento de outros existentes no mercado é o mapeamento de competências. Através dessa ferramenta, muito utilizada em grandes empresas para o planejamento de carreira dos colaboradores, é possível identificar o perfil profissional do jovem. Assim, ele é direcionado para preencher uma posição de trabalho mais adequada às suas características.

Terminado o contrato de um aprendiz, o jovem tem a possibilidade de ser efetivado pela empresa que o acolheu. Caso isso não ocorra, o Banco de Talentos da Rede Cidadã mantém ativas as informações do cadastro dele até que se encontre uma colocação condizente com o seu perfil.

Ações de empregabilidade

Acessibilidade, estruturas físicas, comunicação e análise de vagas são alguns dos temas que a Rede Cidadã leva a organizações e empresas para promover a geração de trabalho e renda para pessoas com deficiência.

Para adultos e jovens a partir de 18 anos,  a organização desenvolve programas do eixo Empregabilidade. Para o jovem que se inscreve à busca de emprego, um processo preparatório é antecedido por provas de português, matemática e redação. Ele participa de cursos de orientação profissional prática e passa por mapeamento de suas competências. O objetivo é a adequação de uma vaga de trabalho ao respectivo perfil. Em seguida, o cadastro do candidato é enviado ao Banco de Talento. As oportunidades que surgem são imediatamente comunicadas a ele.

Para as pessoas que querem iniciar ou desenvolver o seu próprio negócio, a Rede Cidadã atua no eixo Empreendedorismo. Oferece consultorias e mentorias voluntárias e gratuitas nas áreas de gestão empresarial.

As mentorias preveem o acompanhamento de longo prazo de um voluntário para a elaboração, ajuste e execução de um plano de negócios, bem como outros aspectos relevantes, tais como competitividade, seleção de fornecedores e canais de comercialização, microcrédito, plano de investimento, captação de recursos.

A metodologia adotada pela Rede Cidadã se baseia em parcerias que direcionam recursos humanos, físicos, financeiros e sociais para o desenvolvimento humano. Conta com a força do meio empresarial e se apoia na responsabilidade social e no voluntariado para mobilizar recursos em favor da transformação social.

* Homenagem a Engel Paschoal (7/11/1945 a 31/3/2010), jornalista e escritor, criador desta coluna.



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