A
inserção de jovens no mercado de trabalho se multiplica através de instituições
como a Rede Cidadã, que respondeu pelo ingresso de 20 mil pessoas na vida
profissional em uma década de atuação.
Outros
números que expressam a importância da rede desde a sua criação englobam 970
negócios apoiados pelo eixo Empreendedorismo, mais de 2 mil voluntários
cadastrados e cerca de 2 mil instituições e empresas parceiras.
Entidade
sem fins lucrativos, a Rede Cidadã é membro da IYF (Fundação Internacional da
Juventude) no Brasil e atende a 11 estados a partir de sua sede em Belo
Horizonte.
Por
meio de sua rede de colaboradores, a organização planeja colocar mais 30 mil
pessoas no mercado nos próximos três anos. Para tanto, alguns dos seus programas
abrangem capacitação de mão de obra, consultoria para empreendedores e inclusão
de deficientes.
Aprendizagem
profissional
De
acordo com a Lei da Aprendizagem 10.097/2000 e do Decreto 5.598/2005, do
Ministério do Trabalho, empresas de médio e grande porte devem contratar um número de
aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de
empregados, cujas funções demandem formação técnica profissional.
É nesse cenário que se insere um dos principais programas da
Rede Cidadã, o de Aprendizagem Profissional. Com duração de 18 meses, o curso é
destinado a jovens entre 16 e 22 anos. Os aprendizes trabalham em média quatro
dias da semana em empresas parceiras e também recebem orientação teórica em
encontros semanais da rede.
Além de matérias relacionadas à atividade desempenhada, a
formação dos jovens inclui conteúdos como cidadania, consciência ambiental e
organização financeira entre outros assuntos.
Um dos aspectos que mais diferenciam esse programa de
desenvolvimento de outros existentes no mercado é o mapeamento de competências.
Através dessa ferramenta, muito utilizada em grandes empresas para o
planejamento de carreira dos colaboradores, é possível identificar o perfil
profissional do jovem. Assim, ele é direcionado para preencher uma posição de
trabalho mais adequada às suas características.
Terminado o contrato de um aprendiz, o jovem tem a
possibilidade de ser efetivado pela empresa que o acolheu. Caso isso não
ocorra, o Banco de Talentos da Rede Cidadã mantém ativas as informações do
cadastro dele até que se encontre uma colocação condizente com o seu perfil.
Ações de
empregabilidade
Acessibilidade, estruturas físicas, comunicação e análise de
vagas são alguns dos temas que a Rede Cidadã leva a organizações e empresas
para promover a geração de trabalho e renda para pessoas com deficiência.
Para adultos e jovens a partir de 18 anos, a organização desenvolve programas do eixo
Empregabilidade. Para o jovem que se inscreve à busca de emprego, um processo
preparatório é antecedido por provas de português, matemática e redação. Ele
participa de cursos de orientação profissional prática e passa por mapeamento
de suas competências. O objetivo é a adequação de uma vaga de trabalho ao respectivo
perfil. Em seguida, o cadastro do candidato é enviado ao Banco de Talento. As
oportunidades que surgem são imediatamente comunicadas a ele.
Para as pessoas que querem iniciar ou desenvolver o seu
próprio negócio, a Rede Cidadã atua no eixo Empreendedorismo. Oferece
consultorias e mentorias voluntárias e gratuitas nas áreas de gestão
empresarial.
As mentorias preveem o acompanhamento de longo prazo de um
voluntário para a elaboração, ajuste e execução de um plano de negócios, bem
como outros aspectos relevantes, tais como competitividade, seleção de
fornecedores e canais de comercialização, microcrédito, plano de investimento,
captação de recursos.
A metodologia adotada pela Rede Cidadã se baseia em parcerias
que direcionam recursos humanos, físicos, financeiros e sociais para o
desenvolvimento humano. Conta com a força do meio empresarial e se apoia na
responsabilidade social e no voluntariado para mobilizar recursos em favor da
transformação social.
* Homenagem a Engel Paschoal (7/11/1945 a 31/3/2010), jornalista e
escritor, criador desta coluna.